Balneário para pra contabilizar o preju

A Maravilha do Atlântico amanheceu silenciosa nesta segunda-feira. O bate-estaca nas obras, velho conhecido dos moradores, foi interrompido pra que o pessoal contabilizasse o prejuízo causado pela chuvarada das últimas horas. Nenhuma das escolas públicas da city abriu, algumas porque tão servindo de abrigo pro pessoal que perdeu suas casas, outras porque foram alagadas, como o Caic do bairro dos Municípios. A maior parte das escolas particulares também suspendeu as aulas. No domingo, até o mercado Big fechou as portas porque os funcionários não puderam chegar ao trabalho.

A prefa informou que 1400 pessoas foram abrigadas em Balneário Camboriú. De acordo com o sargento Vitorino, do corpo de Bombeiros, os últimos resgates rolaram às 5h da manhã de hoje, no bairro dos Municípios e na Vila Real. O vermelhinho calcula que o pessoal só possa voltar pra casa daqui a quatro ou cinco dias. “Muitas casas tão danificadas. O maior risco é da parte elétrica, porque em alguns locais a água arrebentou a fiação”, disse.

Onde o estrago não foi feito pela água, foi pela terra. Um desmoronamento nesta manhã interditou uma casa da rua Suíça, no bairro das Nações. Moradores da rua Panamá também precisaram deixar sua casa depois da queda de um muro. Ontem, na mesma rua, parte da casa de número 1.110 foi ao chão.

Quem quiser dar uma mãozinha pro pessoal que perdeu tudo com a enchente pode procurar a central de doações, que foi montada no colégio João Goulart, na rua 1.500. No momento, o que mais faz falta são roupas secas e produtos de limpeza. Texto Dagmara Spautz